Teclado Challenge - O retorno ao mundo musical
- Lis Estefany
- 18 de fev.
- 5 min de leitura

Uma das metas para 2025, foi voltar a tocar teclado, e note que eu disse voltar, porque a minha versão mais nova já havia dado pequenos passos nos caminhos musicais.
Para não dizer que estou começando do 0, posso dizer que ainda tenho em meu baú da memória alguma noção de Teoria Musical, e esse post será uma forma de rememorar aquilo que ainda lembro e compartilhar o porquê voltar e os desafios, esse espaço também será uma espécie de diário, vou tentar escrever sobre o processo, dificuldades, erros e acertos ao longo desse primeiro ano de retorno ao mundo musical.
Retorno:
Decidi voltar por causa de uma música, Clair de Lune - Ludwig Van Beethoven ou A Sonata para piano n.º 14, Op. 27 n.º 2, apenas mais tarde ela recebeu esse nome, ao receber comparada a luz do luar talvez pela beleza e melancolia.
Para quem já ouviu sabe a sensação que essa música traz, as notas fazem uma espécie de transporte para um lugar estranhamente conhecido, uma dor e beleza sem nome.

Mas é claro que nesse momento em que estou escrevendo tudo o que tenho são desejos e sonhos, a realização virá da prática (e olha que terei que praticar muito).
Como dito antes, esse não é o primeiro encontro com o instrumento, anteriormente eu comecei de um jeito desorganizado, desajeitado e longe de ser um estudo verdadeiro. Eu comprei um teclado por volta de 2015, e ao ver um amigo tocar repetia em casa as notas tentando encaixar um ritmo, ou olhando no Cifra club os desenhos das mão sob as teclas e de novo eu copiava, depois de um tempo passei a tentar os arpejos mas tudo muito improvisado e amador.
De teoria musical eu sei o básico, campo harmônico algumas coisas, teoria da composição dos acordes, leitura de cifra para violão etc. nada muito substancial e é claro que estou revisando algumas coisas, porque sempre passa alguma coisa despercebido quando estudamos sozinhos.
O que eu guardo no baú da memória:
Hoje o que eu entendo de música é basicamente:
Leitura de Cifra: Cada letra representa uma nota e cada símbolo a altura:
C= Dó.
D= Ré.
E= Mi.
F= Fá.
G= Sol.
A= Lá.
B= Sí.
#= Sustenido
b= Bemol m= Menor
/= Invertido
º= Diminuta
Exemplo da leitura: C#m (Dó sustenido menor)
Acidentes: Há coisas nessa jornada que se tornam inesquecíveis, como a sequência das notas, que entre cada nota há o acidente musical (bemol ou sustenido, vou explicar porque o "OU"). Como assim?
C | C# | D | D# | E | F | F# | G | G# | A | A# | B |
Isso também é aplicável para maiores e menores, com exceção de E e B sustenido não existem, assim como não existem C e F bemol.
Uma oitava e composição de acorde: Isso seria de C a C, cada nota corresponde a um número na sequencialmente. Dentro de uma oitava, as notas vão se repetir, mas o som é mais grave ou agudo dependendo da posição da oitava. Isso é importante para acordes maiores ou menores, que dependem da construção das distâncias entre as notas (o "intervalo").
C= 1º = uma oitava
D= 2º
E= 3º
F= 4º
G= 5º
A= 6º
B= 7º
C= 8º
Saber isso ajuda a entender a composição das notas e os números que aparecerão junto a elas, Como?
O acorde C é composto pelas notas 1º, 3º e 5º, de outra forma, C E G.
Agora se eu quero um C4, isso significa que eu tenho que acrescentar um F (a quarta nota na escala de C) dessa forma a lógica de notas como F4, G7 e A7 fica fácil de ser interpretada e analisada.
Acordes com 7:
Quando você vê acordes como G7, A7, etc., isso indica que você tem uma terça (3º), quinta (5º), e uma sétima nota (que pode ser maior ou menor dependendo do contexto do acorde). Um A7 seria composto pelas notas A (1º), C# (3º), E (5º), G (7º). A adição da 7ª traz uma sonoridade mais complexa ao acorde.
Já que citei intervalos, deixa eu explicar melhor:
Os intervalos entre as notas também são essenciais para entender a música. Intervalos são as distâncias entre duas notas e são a base de tudo, desde a formação de escalas até a análise harmônica. Alguns intervalos comuns são:
Uníssono (1º): Duas notas iguais.
Segunda maior (2º): Distância de dois semitons.
Terça maior (3º): Distância de quatro semitons (fundamental para acordes maiores).
Quarta justa (4º): Distância de cinco semitons (pode formar acordes suspensos).
Quinta justa (5º): Distância de sete semitons (fundamental para todos os acordes).
Sétima maior (7º): Distância de 11 semitons (formando acordes com sétima).
Oitava (8º): Distância de doze semitons.
Tom e semitom são os conceitos básicos de intervalos na música, ou seja, a distância entre duas notas.
Semitom:
O semitom é a menor unidade de distância entre duas notas em uma escala musical. Em outras palavras, é a diferença entre uma nota e a nota imediatamente ao lado dela no teclado ou no braço do violão, por exemplo.
Exemplo no piano: Mais fácil de visualizar esse conceito, então se você olhar para uma tecla branca e a tecla preta que está imediatamente ao lado dela (para a direita ou para a esquerda), essa distância é de um semitom.
Entre duas teclas brancas: Em alguns casos, a distância entre duas teclas brancas também pode ser de um semitom, como de E para F ou de B para C. Ou seja, E e F (ou B e C) estão a um semitom de distância um do outro.
Tom:
O tom é o dobro do semitom, ou seja, é uma distância de dois semitons. O tom é o intervalo mais comum usado nas escalas musicais, e é a distância entre duas notas que são mais afastadas em comparação ao semitom.
Exemplo no piano: Se você pegar uma tecla branca (como C), e pular uma tecla preta (como C#), o intervalo até a próxima tecla branca (D) é um tom.
Distâncias de Intervalos Comuns:
Semitom: A distância mais curta entre duas notas.
Tom: A distância de dois semitons. Exemplo: de C para D.
Como fica isso na em uma escala?
A maioria das escalas ocidentais usa uma combinação de tons e semitons para criar suas sequências de notas.
Por exemplo, na escala maior, os intervalos entre as notas seguem esta fórmula:
Tom - Tom - Semitom - Tom - Tom - Tom - Semitom
Ou seja, a distância entre a primeira e a segunda nota é de um tom, entre a segunda e a terceira é de um tom, depois vem um semitom, e assim por diante. Então, na escala de Dó maior (C maior), que é uma das escalas mais conhecidas, as notas seguem a sequência de:
C (Dó) - Tom para D (Ré) - Tom para E (Mi) - Semitom para F (Fá) - Tom para G (Sol) - Tom para A (Lá) - Tom para B (Sí) - Semitom para C (Dó, oitava).
Resumo:
Semitom = A menor distância entre duas notas.
Tom = Dois semitons.
Bem, essas são algumas noções que eu adquiri no primeiro contato com a música, claro que agora vem uma revisão de tudo isso e a busca por novos conhecimentos. Ao longo da jornada tentarei trazer aqui o progresso e talvez alguns vídeos.
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